
SANTA CATARINA. A pequena Kimberllyn Lunelli Neves, de apenas três anos, que foi internada em outubro de 2024 após ingerir soda cáustica por engano, ará por uma cirurgia delicada no mês de junho. O pai da criança, Cleverson de Oliveira, voltou a falar com a equipe do Nossas Notícias e fazer um apelo à população, desta vez ele pede oração por ela e pela família.
O caso ocorreu no dia 10 de outubro, em Videira, a nossa equipe publicou a matéria no dia 15 de Outubro de 2024. Desde então, a menina permanece fazendo tratamento toda semana, no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, onde foi levada após apresentar queimaduras internas graves. Segundo o pai, a soda cáustica afetou a boca, garganta, estômago e intestino da menina, provocando sérias complicações no trato digestivo.
De acordo com Cleverson, após meses de tratamento com dilatações semanais no esôfago, os médicos constataram que o órgão não está mais respondendo adequadamente. Diante disso, os especialistas optaram por realizar uma cirurgia chamada gastresofagoplastia, marcada para o início de junho, tão logo haja vaga na UTI pediátrica.
O procedimento consiste em puxar o estômago até a parte superior do esôfago, criando uma espécie de “colarinho” que ajudará a proteger e permitir a recuperação do esôfago, além de evitar o refluxo. Uma sonda será instalada diretamente na barriga da criança, possibilitando que a dilatação do esôfago continue sem causar traumas adicionais.
“Essa cirurgia é a mais segura no momento. A doutora acredita que, com ela, o esôfago possa se regenerar. Se tudo der certo, não será preciso fazer a segunda cirurgia, que é muito mais arriscada”, explicou o pai.
Segundo a equipe médica, caso o procedimento menos invasivo não tenha sucesso, uma cirurgia extremamente delicada poderá ser considerada no futuro. Essa segunda opção envolveria a retirada de todo o esôfago e parte da garganta, com o estômago sendo reposicionado até a altura da traqueia. Essa operação, além de arriscada, exigiria internação prolongada na UTI, múltiplas sondas e transfusões de sangue.
“A doutora conversou com a equipe do hospital e com especialistas experientes, e todos concordaram que a primeira cirurgia é o melhor caminho neste momento, pois tem menos riscos para a vida dela. Nossa filha é muito guerreira. Ela já superou muita coisa. Agora pedimos a oração de todos, porque essa cirurgia é fundamental para o futuro dela”, encerrou o pai.