RIO NEGRINHO. Durante a Palavra Livre da Câmara de Vereadores, na sessão desta segunda-feira (31) o vereador Ronei Lovemberger (Republicanos) disse acreditar que o requerimento assinado por ele, junto com os vereadores Manoel Alves Neto, o Maneco (UB), Nedlin Sacht Padilha (Novo) e Anderson Patrick de Castro (PP) e que pedia o afastamento do presidente do legislativo, Rodrigo dos Santos, o Dido (PL) não foi a votação para evitar desgastes entre os vereadores da base aliada do prefeito Caio Treml (PL).
O presidente do Legislativo é acusado de se envolver em um caso de agressão, no dia 22 (sábado), em seu estabelecimento no bairro Bela Vista. Os parlamentares queriam que Dido se afastasse até que o Conselho de Ética da Câmara pudesse analisar o caso.
“Acredito que talvez por algum desgaste com algum vereador, foi pedido para que não fosse colocado em votação (o requerimento), porque talvez isso daria algum desgaste entre a base, mas a nossa parte a gente fez. Acredito que o pessoal sabe que o papel nosso é fiscalizar e fazer as coisas que a população está pedindo”, disse.
“É uma pena que a Câmara de Vereadores agiu dessa maneira, agiu como o Supremo, lá do Alexandre de Moraes, que faz tudo do jeito e da maneira que ele quer. É uma pena isso, mas as vezes, é bom acontecer essas coisas para que a população saiba o que está acontecendo dentro dessa Casa de Leis. O nosso papel, como vereadores, a gente fez e se não foi para votação, não tem problema”, comentou ainda Lovemberger.
“Falei na semana ada aqui que acreditava que não seria aprovado (o requerimento), mas nem a votação foi. Então está aqui o meu desabafo e espero que a população acompanhe mais os trabalhos dessa casa de leis para ver o trabalho de cada parlamentar aqui dentro e saber o que acontece”, encerrou.
Andi Castro (PP) também falou na Palavra Livre sobre o requerimento não colocado em votação durante a sessão. Ele aproveitou para pedir à presidência que lhe seja encaminhado o parecer jurídico com a do advogado e que justificava a não inclusão do projeto na pauta.
“Queremos esse parecer para que a gente possa depois tomar as medidas cabíveis, porque tem que ter uma responsabilidade, sobretudo o que o advogado assina, ele tem que ter uma responsabilidade dando esse parecer”, disse.
“Nós não somos coniventes com toda essa situação, nós queremos que realmente as coisas aconteçam e que as coisas sejam transparentes e se depender de nós, nós queremos moralidade aqui dentro dessa casa. Porque moralidade é uma coisa que eu posso falar na minha vida, porque eu não tenho rabo preso com ninguém, não tenho rabo preso com empresário nenhum, não tenho conchavo com empresário nenhum”, discursou.
“Nós fomos eleitos pelo povo e é pelo povo que nós iremos lutar, nós não estamos sendo com esse tipo de situação que aconteceu aqui hoje. O requerimento foi tirado por parte do presidente porque era um requerimento que iria de encontro a ele, das necessidades e prerrogativas dele e porque nós estávamos pedindo o afastamento. Se fosse qualquer um de nós quatro (vereadores da oposição) nós já estaríamos fritando”, disparou.
“Nós não toleramos esse tipo de situação e queremos sim que as coisas sejam resolvidas da melhor maneira possível e que tudo possa ser esclarecido para que nós possamos dar um respaldo e uma resposta para a sociedade de Rio Negrinho que nos cobra, para que nós possamos continuar saindo de cabeça erguida, para que nós possamos continuar olhando para os nossos familiares com dignidade, olhando para os nossos filhos com dignidade”, encerrou.
Nedlin Sacht Padilha também tocou no assunto e citou que se a situação envolvesse a sua pessoa, abriria mão do seu mandato por 30 dias tranquilamento para colocar sua cabeça no travesseiro e refletir sobre a situação.
“Mas eu não iria, de forma alguma, estar tirando aqui o direito de trazer um requerimento para ser discutido, eu acredito que é de sua importância para a sociedade ver o requerimento sendo discutido aqui, sendo apresentado de forma coerente e sendo votado”, frisou ainda o parlamentar, que diz temer para que a situação vivida nesta noite no legislativo torne a se repetir. LEIA TAMBÉM: