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Rio Negrinho: “tinha dias em que pensava que não conseguiria continuar, mas minha fé foi o que me manteve de pé”, conta Juliana após vitória contra o câncer

Ela também destacou que o apoio do esposo foi fundamental / Foto: Katia de Oliveira/Nossas Notícias


RIO NEGRINHO. Juliana Farias Becker, de 36 anos, casada e mãe de três meninas e um menino, tem sido um exemplo de força e coragem para todos que acompanham sua batalha contra o câncer. Confeiteira por profissão e mãe dedicada, ela viu sua vida virar de cabeça para baixo após um diagnóstico que jamais imaginou enfrentar.

A convite, a reportagem aqui do Nossas Notícias esteve em sua casa na última semana, para uma entrevista inspiradora, tanto para pacientes e familiares, quanto para cada um de nós. O encontro virou um bate papo sobre de tudo um pouco e terminou com um delicioso café com bolos que ela preparou especialmente para a ocasião (assista o vídeo em nosso Facebook ou Instagram).

Tudo começou com sinais ignorados

A jornada de Juliana começou no ano ado (2024), em pleno Dia dos Namorados. Ela, que contou que sempre fez os exames preventivos, recebeu o resultado de um procedimento realizado no posto de saúde local.

“Fiz o preventivo de câncer de colo de útero e não dei muita importância para o resultado, porque o laudo dizia que havia uma lesão de baixo grau”, revelou.

Ela contou que durante meses ignorou os sintomas mais evidentes da doença, como fortes hemorragias e dores na região abdominal. Até que um dia, a dor se tornou inável e se sentiu obrigada a parar de trabalhar.

Quando a situação se agravou

Foi então que a situação se agravou. Com os sintomas cada vez mais intensos, Juliana procurou o dr. Gilberto, ginecologista, que logo indicou uma colposcopia e uma biópsia.

“Ele me disse, em um tom impactante, que eu estava com um câncer avançado, de uns quatro anos”, recordou, emocionada.

O diagnóstico foi confirmado através da biópsia, que revelou um carcinoma espinocelular invasivo e ulcerado, um câncer agressivo e maligno. A partir daí, Juliana e seu esposo, Aníbal Pedro Becker, iniciaram uma busca incansável por tratamentos.

Tratamentos

O caminho foi longo e marcado por consultas particulares e exames, até que ela fosse encaminhada para o Sistema Único de Saúde (SUS), em busca de um tratamento adequado. A oncologia de Jaraguá do Sul foi o ponto de partida para sua jornada de quimioterapia e radioterapia, que realizou em Jaraguá e em Florianópolis.

“Os tratamentos são extremamente agressivos, mas me agarrei à minha fé, aos meus filhos e à minha família. Todos os dias eu orava, pedindo forças”.

Perda de mais de 20 quilos

Juliana, que tinha 73 quilos, perdeu bastante peso durante os tratamentos, chegando a 49 quilos, um impacto visível em seu corpo. Contudo, sua determinação nunca se abalou.

“Tinha dias em que pensava que não conseguiria continuar, mas minha fé foi o que me manteve de pé. A cada dia eu me esforçava para seguir em frente”, disse, com um sorriso.

Última sessão e cura

Após meses de luta, ela teve sua última sessão de tratamento em novembro de 2024. Os médicos marcaram uma nova consulta para avaliar o progresso da doença e o impacto dos tratamentos. Neste março de 2025, no retorno ao oncologista e, com esperança renovada, aguardou o veredicto. A consulta revelou boas notícias.

“O doutor Gregory C. Tondello, que é oncologista, disse que não havia mais sinais da doença”, comemorou Juliana, acrescentando que também se batizou na Igreja Fogo no Altar durante esse período de recuperação.

“Fui muito abençoada, e me sinto muito grata por todas as orações e pelo apoio da minha família”.

Nova perspectiva de vida e agradecimentos especiais

Agora, com uma nova perspectiva de vida, ela frisou que se sente uma mulher transformada pela experiência, já que a luta contra o câncer não foi apenas uma batalha física, mas também emocional.

“Me recuperei e sigo com esperança. A vida me deu uma segunda chance, e vou aproveitá-la ao máximo, principalmente com meu testemunho, mostrando como a fé e a realização de todos os os determinados pelos médicos foram fundamentais para encerrar esse capítulo em minha história”.

Ela finalizou fazendo vários agradecimentos.

“Sou só gratidão! Agradeço muito ao meu marido, que me acompanhou em todos os momentos e compreendeu todas as minhas fases neste período e aos meus familiares de Paranavaí (PR), minha cidade natal, que mesmo de longe, sempre estiveram comigo, via internet e à todas as pessoas que oraram por mim. Também agradeço muito ao pastor Flávio Garcia, aqui de Rio Negrinho e ao pastor Jeferson Ortega, que em um culto aqui na cidade me ajudou muito a fortalecer minha fé, com palavras de esperança e cura”.

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