
RIO NEGRINHO. Com o avanço da tecnologia e o aumento das transações digitais, os golpes financeiros têm se tornado cada vez mais sofisticados e frequentes. A equipe aqui dos Nossas Notícias conversou com o Delegado Rubens os de Freitas, que relatou que criminosos utilizam diversas táticas para enganar as vítimas e dificultar o rastreamento do dinheiro, o que torna essencial adotar medidas preventivas ao realizar compras ou transferências.
Em entrevista, o delegado explicou como esses esquemas funcionam e como os consumidores podem se proteger. Segundo ele, os criminosos se aproveitam da facilidade dos meios de pagamento eletrônico para aplicar fraudes.
“Geralmente, o dinheiro é enviado via Pix ou, em alguns casos, por boleto. Para evitar que a polícia rastreie as transações, os golpistas realizam múltiplas transferências entre contas de pessoas ligadas ao esquema criminoso”, explicou.
Mesmo com essas táticas, as forças de segurança conseguem identificar e prender alguns dos responsáveis.
“A polícia tem meios para rastrear essas transações e identificar os criminosos. Inclusive, muitos golpistas já foram identificados nos últimos anos e estão respondendo a inquéritos policiais. No entanto, a recuperação do dinheiro pelas vítimas é muito difícil”, destacou.
Os criminosos raramente agem sozinhos e costumam atuar em grupos organizados.
“Muitas vezes, eles trabalham em conjunto. Alguns emprestam seus nomes para abrir contas bancárias, outros falsificam documentos, e há aqueles que se especializam em clonar perfis nas redes sociais ou criar anúncios fraudulentos. Cada integrante do grupo tem uma função dentro da organização”, explicou Rubens.
Entre os golpes mais comuns estão o do WhatsApp ou Instagram clonado, o falso leilão, a intermediação de venda fraudulenta e os investimentos milagrosos, que prometem retornos financeiros irreais. Segundo o especialista, há padrões que podem ser observados na abordagem dos golpistas.
“No caso de golpes em anúncios, por exemplo, um sinal clássico é o preço muito abaixo do mercado. É preciso desconfiar dessas ofertas e sempre verificar a identidade do vendedor ou da empresa antes de qualquer pagamento”, alertou.
Além disso, há punições previstas para quem pratica esses crimes.
“O estelionato tem pena de 1 a 5 anos de reclusão, mas se for uma fraude eletrônica, a pena sobe para 4 a 8 anos de prisão”, explicou.
Ele ainda relatou que há uma estimativa de pelo menos 400 B.O de Estelionato e desses números pelo menos 150 caíram nesses goles no ano ado.
Para evitar ser vítima de golpes, a principal recomendação é redobrar a atenção antes de efetuar qualquer pagamento ou transferência.
“O ideal é sempre verificar quem é o beneficiário da transação e buscar informações sobre o vendedor ou a empresa. No caso de compras pela internet, utilizar plataformas reconhecidas e desconfiar de contatos feitos por meio de redes sociais ou aplicativos de mensagens. Em caso de suspeita, o melhor caminho é não realizar a negociação e, se necessário, registrar um boletim de ocorrência”, finalizou.