
RIO NEGRINHO. A real situação do Colégio São José foi tema da fala do vereador Nedlin Sacht na sessão da Câmara desta segunda-feira (10), em uma análise do decreto da prefeitura que tornou de utilidade pública a escola particular, visando uma desapropriação para a instalação de uma unidade de ensino pública no local.
Sacht contou que diante de tantos questionamentos depois da publicação do decreto, se reuniu com a direção do Colégio para obter um panorama do momento em que a escola vive atualmente.
No decreto, a prefeitura justificou a finalidade de desapropriação, citando dificuldades financeiras enfrentadas há algum tempo pelo Colégio.
Mas segundo Nedlin, a situação agora é diferente.
“A direção me ou que hoje o Colégio vive talvez um de seus melhores momentos nos últimos anos. Saíram de 89 alunos para 120. Estamos falando também de um investimento de mais de R$ 300 mil feitos com revitalização, mais de R$ 50 mil só na parte elétrica. No último mês foram mais de R$ 100 mil investidos. O município não está querendo desapropriar o prédio por causa de dívidas do Colégio, mas sim para instalar uma nova escola pública”.
Apesar da justificativa, Nedlin sugeriu que outras alternativas poderiam ser tomadas, como a prefeitura pagar bolsas de estudo no Colégio, por exemplo.
“Isso ia incentivar a escola, que está em ascensão novamente”, argumentou.
Ainda conforme o vereador, até há algum tempo atrás, cada escola de Rede CNEC, mantenedora do Colégio São José e de várias unidades de ensino a nível nacional, tinha um CNPJ próprio.
“Mas hoje todas as escolas da rede estão num CNPJ só”, explicou.
Outro fator destacado pelo parlamentar foi o diálogo, que conforme ele, não houve entre a prefeitura e a direção do Colégio.
“Não teve uma conversa, um diálogo, segundo me aram”.
Perguntas que até o momento estão sem resposta, também foram elencadas pelo vereador.
“Abri uma caixinha no Instagram. Questionaram sobre se está faltando vagas na rede municipal, se não tem como fazer parceria público- privada e outras situações”.
Ele, que é do Partido Novo, finalizou contando que até recorreu à Inteligência Artificial para saber qual a bancada que defende a estatização.
“A IA respondeu que a de esquerda é a que mais faz isso”, pontuou.
A istração do município está sob o comando do PL, um partido de direita, tendo o prefeito e o vice como lideranças da sigla na cidade.