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Crise: direção do hospital de Rio Negrinho vai suspender gradual e temporariamente os atendimentos na UTI a partir da próxima semana e questionará judicialmente contratos com a prefeitura

Foto: Katia de Oliveira/Nossas Notícias

RIO NEGRINHO. A direção da Fundação Hospitalar convocou hoje (21) uma coletiva de imprensa através da qual anunciou várias medidas e possibilidades em função de uma crise financeira que se agrava desde o início do ano. O encontro foi também acompanhado por representantes do Instituto Santé, que istra o hospital.

Com déficit mensal de cerca de R$ 400 mil, sendo desses R$ 300 mil de manutenção da UTI, a solução encontrada neste momento, conforme os diretores foi a de suspender temporária e gradualmente os atendimentos no setor já a partir da próxima semana.

“Não estamos fechando a UTI, mas vamos iniciar essa suspensão até que uma solução seja encontrada”, destacou o presidente Antônio Oliveira Gomes.

Segundo ele, essa e outras decisões foram tomadas por unanimidade em uma reunião da diretoria ontem (20).

Conforme a direção, a equipe do hospital vem implantando vários serviços e adequações já há algum tempo, na expectativa de tornar a Fundação de alta complexidade, o que garantiria maior arrecadação de recursos do governo e contribuiria para equilibrar a situação financeira da instituição a médio e longo prazo.

“Estamos há um bom tempo em tratativas com o governo, na esperança de que isso pudesse acontecer, mas chegamos em um ponto em que não temos outra alternativa que não seja reduzir custos temporariamente”, frisaram os diretores.

Outros serviços que podem ser afetados são ainda a maternidade, com a suspensão gradual de atendimentos em alguns períodos e também alguns serviços prestados no Pronto Socorro.

“Se nada mudar, podemos chegar a um ponto em realmente atender somente as emergências”, destacaram.

De acordo com os diretores, a situação se agravou ontem, quando receberam da prefeitura, um contrato relativo ao período entre 1° de junho a 31 de julho, com várias cláusulas com os quais a direção do hospital não concorda, mas apesar disso se viu obrigada a nesse momento.

“Sem diálogo nenhum, a prefeitura nos enviou esse contrato, que fomos obrigados a , em função do tempo, para garantir que recebamos verba para pagar despesas e inclusive salários atrasados há cerca de uma semana”.

Quanto a isso, a direção adiantou que vai entrar na Justiça questionando várias cláusulas – e explicando o porque não são legais – bem como cobrando valores e correções de longa data ainda não recebidos.

“Não estamos contra a prefeitura, mas se não há diálogo, também não temos outra alternativa”, pontuaram.

Os diretores finalizaram salientando que esperam que nenhuma dessas medidas drásticas precise ser colocada em prática.

“Estamos há muito trabalhando por melhorias para l hospital. Conseguimos resolver várias questões, foram pagos vários milhões em dívidas – o que impedia a FHRN de receber recursos do governo. Adquirimos aparelhos modernos, trouxemos profissionais qualificados … queremos que o hospital continue crescendo, mas de forma justa e com equilíbrio financeiro, com cada esfera fazendo sua parte”, concluíram.

A coletiva foi bastante longa e mais detalhes publicaremos na sequência.

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